Programa
Reunindo pesquisadores brasileiros, portugueses e de outras nacionalidades, o III Encontro Internacional da Rede Todas as Artes | Todos os Nomes, que terá lugar na cidade do Porto, nos dias 21, 22 e 23 de junho 2023, terá como mote ‘Todo o artista é um ativista e um bom ativista pode ser um artista’, palavras do artista chinês Ai Weiwei, defensor da inseparabilidade da arte e da política, mais especificamente da oposição política e dos impactos que isso pode ter. Incentivadora e afeita à diversidade de abordagens e temas em torno da arte, a Rede Todas as Artes | Todos os Nomes tem vindo a promover, desde a sua criação, em 2016, a convergência, a comunicação e a troca entre pesquisadores e redes de pesquisa sobre a arte nas áreas da sociologia, antropologia, economia da cultura, estudos culturais, estudos urbanos, arquitetura, história e artes, entre outras. Aliás, o mote imagético desta edição associa-se a Chico Buarque – vencedor do Prémio Camões 2019 – artista-ativista que cruza incessantemente artes e linguagens.
Prazo submissão de resumos prolongado até dia 21 de abril
Programa
Relações entre a(s) arte(s) e esfera pública, nomeadamente ao nível dos consumos, discursos mediáticos e mediatizados e a arte como objeto de estudo.
A(s) arte(s) como espaço de mobilização para uma ação política não-institucional: relação da(s) arte(s) como as crescentes crises políticas institucionais, o decréscimo da participação política juvenil; a(s) arte(s) como meio de contestação social.
A relação entre práticas artísticas e os novos movimentos sociais: feminismo, o anti-racismo, ecologia, veganismo, ambientalismo, o antropoceno, entre outros.
As novas formas de a(r)tivismo vindas do Sul Global, ou mais especificamente, os emergentes processos de des-ocidentalização da arte contemporânea e de descolonização das ciências sociais e dos estudos artísticos.
O queering no mundo artístico: as perspetivas queer no mundo artístico e as sexualidades não-binárias num contexto histórico, social e político adverso.
O anti-racismo, as perspetivas pós-coloniais, o decolonial e os elementos de história/memória/identidade nacional estabelecidos e contestados.
O(s) processo(s) de institucionalização do artivismo na contemporaneidade: a difusão da arte politizada em museus, coleções e parcerias com marcas comerciais versus a arte de rua, ciber-ativismo, eco feminismo não institucional e anti-capitalista.
Desenvolvimentos profissionais no mundo artístico: amadorismo vs. profissionalismo, “wageless labour” e outras formas de (sobre)vivência artística contemporâneas.
Arte, movimentos underground e curadoria: o processo de curadoria institucional na contemporaneidade, as economias pós-veblianas, e a ligação entre curadoria, prática e criação artística em contextos formais e informais.
Políticas culturais e o relacionamento com a emergência do conceito de arte politizada: impactos, consequências, censuras, vantagens e prospetivas.
Impactos sócio-cognitivos da arte: formação identitária, memória coletiva e novos institucionalismos.
Desenvolvimentos teóricos no campo da sobre as artes: o caso específico das metodologias participativas e das metodologias baseadas nas artes.
Epistemologias, discursos e constrangimentos da investigação social no campo das artes.
Os NFT’s e o papel da Bitcoin no mercado de venda e de consumo de arte na atualidade: mercado, coleções, colecionadores e eventos.
Planear a cultura no território: a cultura no planeamento dos territórios, as novas lógicas de governança e a transversalidade nas políticas para a cultura.
O(s) valor(es) e os impactos das artes: repensar os métodos e as ferramentas para a medição do valor cultural, social, económico, ambiental, de participação e cidadania nas atividades culturais e criativas.
A arte e a cultura na atuação no espaço público: novas dinâmicas na relação entre arte, arquitetura e urbanismo para a (re)vitalização e o desenvolvimento de espaços urbanos e rurais.
As tensões entre dinâmicas criativas e desenvolvimento urbano: massificação, gentrificação e distribuição do valor gerado pelas artes na cidade contemporânea.
Turismo cultural e criativo e desenvolvimento territorial: a arte e a cultura como oportunidades para um turismo mais sustentável, em espaços rurais e em zonas urbanas.
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